Eu sempre tive um complexo (entre outros) a sensação de que minha chegada não foi tão auspiciosa,(kkkk) afinal eu era uma menina, não o tão sonhado varão, minha mãe dizia não, mas meu pai nunca fez questão de esconder a preferência por meus irmãos. Minha mãe tentava relevar esse sentimento, mas dizia temer por mim, porque sabia o que eu, como mulher passaria, menstruação, TPM, gravidez,parto,(câncer de mama). Agora mãe de duas filhas sei como é.
E olha, durante muito tempo eu reclamei por ser mulher...
Mas só mesmo nós para sabermos a maravilha de ser mulher.Quanta força, quanta garra, energia, serenidade, candura, fortaleza, fragilidade. Nossa! Somos tantas numa só, dotadas de tantos adjetivos.
Com a doença, fui apresentada a outro mundo,conheci pessoas de outros estados, países, religiões, crenças. Mães, profissionais, meninas, mulheres acometidas pela doença, cada uma a enfrentando do seu jeito e todas com a mesma fé, força e determinação, mesmo quando cansamos, desanimamos, perdemos o fôlego para logo em seguida recomeçar e recomeçar. Talvez seja isso que enobrece a mulher, esta capacidade de se reinventar, se superar, e ainda erguer que está perto.
Merecemos ser homenageadas, mas não somente hoje. Todos os dias por tudo que representamos ao mundo, por mais machista que ele seja, e por mais injusto que seja a nós mulheres. Tenho pena da mulher que usa o corpo para vulgaridade, que faz da beleza uma escravidão, que banaliza e inferioriza as demais. Mais ainda do homem que não sabe valorizar o que tem de melhor em uma mulher (que não é sexo, ou nós em tratamento estaríamos perdidas kkkk).
Hoje minhas queridas, eu quero abraçar a todas vocês e agradecer o privilégio de tê-las junto, de conhecer a força e receber esta força nesta fase da minha vida. O seio não é nada perto de tudo que a doença me tirou, mas eu ganhei, ganhei muito mais do que perdi. E agradeço a Deus por esse aprendizado.
Parabéns mulherada!!!!