O anúncio das recomendações, ação pioneira do Inca, ampliou as discussões sobre o tema em todo o país e contribuiu para impulsionar a mobilização dos movimentos organizados de mulheres. Medidas como essas fortalecem políticas públicas e contribuem para o controle do câncer de mama no país.
O câncer de mama hoje é o responsável pelo óbito de 12 mil mulheres por ano. É o tumor que mais mata a população feminina em todo o país, com exceção da Região Norte. Por isso, o Inca pretende reunir especialistas brasileiros, gestores, pesquisadores, ONGs e profissionais de saúde para discutir políticas públicas e o papel da sociedade no controle da doença.
“O objetivo do Inca no Outubro Rosa é contribuir com informação de qualidade para a sociedade sobre a doença. Esperamos que, por meio desse amplo debate, essas recomendações possam ser incorporadas na atenção às mulheres”, afirmou o diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini.
Confira as sete recomendações do INCA para o tratamento do câncer de mama no país:
1. Toda a mulher com diagnóstico de câncer de mama confirmado deve iniciar seu tratamento o mais breve possível, não ultrapassando o prazo máximo de 3 meses. Estudos científicos mostram que atraso superior a três meses entre o diagnóstico e o início do tratamento do câncer de mama comprometem a expectativa de vida da mulher (sobrevida).
2. Quando indicado, o tratamento complementar de quimioterapia ou hormonioterapia deve ser iniciado no máximo em 60 dias e o de radioterapia no máximo em 120 dias. O prazo para o início do tratamento complementar é um componente crítico no cuidado do paciente com câncer de mama. Atrasos no início do tratamento complementar aumentam o risco de recorrência local da doença e diminuem a sobrevida. Em algumas situações de tratamento com quimioterapia, a radioterapia pode ocorrer apos os 120 dias.
4. Toda mulher com câncer de mama deve ser acompanhada por uma equipe multidisciplinar especializada que inclua médicos (cirurgião, oncologista clínico e um radioterapeuta), enfermeiro, psicólogo, nutricionista, assistente social e fisioterapeuta. O câncer de mama é uma doença complexa cujo tratamento requer a cooperação de diferentes profissionais e saberes. A experiência mundial aponta que serviços que oferecem uma abordagem multidisciplinar e multiprofissional têm melhor desempenho no tratamento do câncer de mama.
5. Toda mulher com câncer de mama deve receber cuidados em um ambiente que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia, dignidade e confidencialidade.Acolher as mulheres em suas necessidades nas diferentes etapas do tratamento, por meio de abordagem humanizada que respeite seus direitos, possibilita um melhor enfrentamento da doença.
6. Todo hospital que trata câncer de mama deve ter Registro de Câncer em atividade. Os Registros Hospitalares de Câncer coletam informações essenciais para acompanhar, monitorar e avaliar a qualidade do tratamento oferecido à mulher. As informações dos Registros subsidiam a implementação de políticas e ações de melhoria contínua na busca de padrões de excelência no tratamento.
7. Toda mulher com câncer de mama tem direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social, espiritual e psicológico. O câncer é uma doença que fragiliza seu portador e familiares em diferentes dimensões da vida. O suporte social, espiritual e psicológico para os pacientes e familiares fortalece os sujeitos para o enfrentamento da doença.
2 comentários:
Lílian,
Sinceramente eu sempre espero mais do INCA. Estas recomendações são feitas todos os anos desde o Consenso de 2004. Dilma liberou uma verba em março/11 lembra? É ou será suficiente só para campanhas informativas e quiçá pesquisas científicas. Temos 5560 municípios no pais, 853 só em MG onde a incidência de câncer é alta! Os pacientes que vem a capital BH ficam jogados, em sua grande maioria, numa praça. Este é o acolhimento que MG dá a seus pacientes que vem do interior do estado e de outros estados. Onde o SUS funciona, funciona super bem, mas não é regra! Muitos pacientes sequer conseguem o diagnóstico e muito menos o tratamento adequado (e estou falando só de MG). Temos que lutar agora é para a descentralização dos atendimentos, mais centros regionais equipados, mais profissionais médicos, enfermeiros, etc. Esta é a minha luta agora: vou denunciando falácias eleitoreiras aqui no estado! Os planos de saúde não tem fiscalização, negam exames, medicamentos, querem controlar o número de sessões de quimio e radio, é preciso polícia e BO para conseguir um herceptin pode? Informações seguras muitos sites e blogs já estão fazendo! Campanhas, corridas, vendas de produtos, muitas empresas, ongs e gente comum também vem contribuindo. Do MINISTÉRIO DA SAÚDE VAMOS COBRAR MAIS E MUIIIIIIIIIIIIIITO MAIS! BJ. Marina
Olá!
Precisamos de tratamento, como aquele que é dado ao LULA, para a Dilma, para os que tem condições.... Isto é o JUSTO. Isto é o CERTO.
BJs
Postar um comentário
Obrigada por ler o blog, fico feliz que esteja aqui. Deus nos abençoe!!!!