12 de julho, dia de saudades...

Oi queridos

Os que andam mais perto de mim sabem, não passo bem. Mas estou bem melhor por estes dias, tirando as taquicardias, pressão que sobe, que desce. Por isso não estou postando, tenho muitas idéias e ao mesmo tempo nenhuma.

A minha menstruação esta atrasada, efeito da quimio, então a TPM mega-plus-master-big continua enorme de grande, to insuportável, chata, mal humorada, isto junto a problemas pessoais, sim pacientes oncológicos passam por problemas pessoais-familiares-financeiros, pois o Ca não é vip nem nada, é sim um sapão, atrevido e sem educação que entra em nossas vidas sem a menor cerimônia e faz estrago.

Não esta sendo fácil, tenho ficado afastada da net que me ajuda tanto, mas ao que parece me mudo no sábado e há muitas coisas a fazer, e por mais que eu não possa, eu faço. Dificil concluir que não tenho ninguém por mim.

Hoje, faz quatro anos que minha mãe faleceu. Ela sofreu tanto com a doença, tinha 59 anos. Faria 60 no dia 30 de julho, e depois de um AVC que a deixou sem noção das coisas, ela ligava pras pessoas e feliz convidava para sua festa de aniversário. Ela teve poucos momentos de felicidade, casada com um ser autoritário, cruel e insensível, ( sim este ser é meu pai). Quando me separei foi nela que me espelhei, não queria acabar minha vida humilhada, doente e nunca ter sido feliz. Mas ela não gostou, pra ela o ex era perfeito, sempre a poupei da vida de humilhação que levava; ela não entendia o porquê da minha escolha. Quando apresentei meu “amigo” a ela, meu atual marido, ela torceu o nariz, se preocupou com as meninas, pois há tantos casos de padrastos que abusam das enteadas e blá-blá-blá. Depois se apaixonou por ele, o que mais se acentua na minha vida, é o amor, o cuidado e o zelo que o Dirceu tem por mim, com certeza e sem nenhum exagero, não estaria mais aqui, pois só ele permanece do meu lado, mesmo com a mega-plus-master-big TPM e minha chatice, além do trabalho que dou. Não tinha almoço nos domingos que o Dir trabalhava, se ela não ia, ningué, precisava comer né, rsrsrs. Quando engravidei ela quis me matar, mas depois adorava o neto, e temia nao conhece-lo, tudo que pedia a Deus era que não a levasse antes de o conhecer e começar a sentir dores ( o ca havia ido pros ossos) quando o Matheus nasceu ela se entregou a doença, já cansada, o coração fraco teve o AVC que a deixou “fora da casinha” até que faleceu quando tteu tinha 21 dias. Isso a exatos 4 anos atrás. Ainda bem, Deus a atendeu , ela sofreria muito, mais ainda de me ver doente.
Não éramos melhores amigas, eu sempre me rebelei contra o alcoolismo e tirania do meu pai, com a sua submissão absurda, a super-proteção aos meus irmãos. Tanto que quando me casei, me afastei bastante, ela reclamava eu ia lá em casa brigava com o pai, com meu irmão, depois ela vinha e brigava comigo por ter sido tão dura, kkkkk, com o tempo não me metia mais. Foi a criação que teve, mas ela é a única coisa boa que tive no meu passado. Sinto falta, muita falta. Teria tanto orgulho dos netos, mas que bom, que bom que Deus a levou. Descançou, foi ser feliz, finalmente...

Pra quem não sabia o que escrever, o post ficou bem grande né. Eita saudade danada de você Dona Nide.